Título Original: El Orfanato
Duração: aproximadamente 100 minutos
Ano de produção: 2007
País de origem: México e Espanha
Gênero: suspense, terror, drama.
Laura é uma mulher que volta com sua família para o orfanato onde cresceu a fim de reformá-lo e abrir uma residência para crianças deficientes. Uma vez no lugar, o pequeno Simón, filho adotivo de Laura e portador de HIV, começa a deixar se levar por estranhos jogos que geram em Laura uma grande inquietação, e que deixaram de ser apenas diversão para se converterem em uma ameaça. À medida que Laura e seu esposo convertem o velho orfanato na casa em que serão recebidas crianças com problemas, uma série de eventos estranhos que a afetam, e especialmente a Simón, a obriga a buscar pistas do passado da construção que uma vez foi seu lugar de criança para tratar de explicar tudo o que ocorre. A história do lugar é mais dramática e macabra do que Laura estava ciente.
Não esperava muita coisa do filme quando comecei assistir. Temia ser um daqueles filmes de terror barato, mas como eu não tinha nada melhor para fazer durante o final de semana e já havia cumprido minhas metas de leitura do dia resolvi dar uma chance ao filme, principalmente quando os créditos mostraram o nome de Guillermo del Toro como um dos produtores do filme.
A trama não chega a ser uma obra prima, mas para os fãs de suspense/terror, como eu, a história convence e desperta até uma certa emoção no telespectador, principalmente nas cenas finais. O plot se desenrola como está escrito na sinopse, Laura volta para casa onde passou parte de sua infância. O antigo orfanato agora é a residência da família de Laura, seu marido Carlos e o filho do casal, Simon.
O pequeno Simon tem amigos imaginários o que para uma criança é normal, porém Laura começa a ficar desconfiada de que Simon possa estar sofrendo de algum transtorno. Em meio a brincadeiras entre ela e o filho, ocorre um descoberta bem interessante, os amigos de Simon não são apenas imaginários.
Durante a festa de inauguração da residência que também servirá de lar para crianças portadoras de necessidades especiais, Simon desaparece, as buscas pela casa não levam em nada e Laura começa a ser testemunha de diversos fenômenos estranhos, bem parecidos com os que Simon alegava ver. Realmente são cenas muito bem feitas que chegam a dar alguns sustos. Ainda assim pairam dúvidas se esses fenômenos são reais ou se Laura começa a ter devaneios por conta do sumiço do filho.
Eventualmente, Simon é achado e, aparentemente, o mistério desvendado. O que me preocupava era saber mesmo o destino dos amigos de orfanato de Laura. Em diversas partes do filme, ela cita os nomes de todas as crianças com quem ela passou parte de sua infância e há inclusive uma foto mostrando todas. O aparecimento de uma misteriosa personagem contribui para uma trama paralela revelar o que aconteceu com os demais órfãos após a adoção de Laura, trata-se de uma senhora que aparece na residência dias antes do desaparecimento de Simon. A velha alega ser assistente social, mas na verdade trabalhou na casa durante a infância de Laura e tinha um filho que também desapareceu misteriosamente.
Além de ser uma trama interessante, mas infelizmente não muito grandiosa, O Orfanato tem uma boa produção com bons efeitos de câmeras nas cenas mais dramáticas e uma ótima fotografia, além de contar com uma ótima atuação do elenco.
O filme não é ruim, eu esperava mais, principalmente pela fama de Guillermo del Toro, mas é diversão garantida para quem gosta de muito suspense e mistério e um pouco de drama, como é bem peculiar entre os produtores latinos. Não há momentos de carnificina, nem griatarias e sangue jorrando ou coisas desse tipo. Isso é que eu gostei. É um suspense mais romanceado.
A trama paralela ao sumiço de Simon, em que Laura descobre o destino de seus amigos também deram um bom tom para o filme.
Eu recomendo principalmente por causa das cenas finais. A cena final em si é uma das mais lindas e emocinantes que já vi, apesar de bem triste.
Ah, há um ator mexicano que nós brasileiros conhecemos muito bem. Quem já assistiu sabe de quem estou falando.
No mais, assista que vale a pena. Não é uma obra prima, mas agrada bastante essa forma mais romanceada de se contar uma história de terror.
.:.Abraços e até a próxima.:.
Cassy, o filme parece ser interessante. Gostei, principalmente quando você falou que não tem apelação pra carnificina e fica mais nessa coisa do suspense no susto mesmo… Vou dar uma olhada. 🙂
Assista sim, vale muito a pena. Eu gostei bastante, apesar de como disse, esperava mais, mas o que eu vi me agradou bastante. E a parte final é linda e emociona.
A cena final é realmente emocionante, mas a cena que mais me marcou nesse filme é aquela em que as crianças ficam seguindo ela pela casa, só me arrepiei tanto assim em outro filme do estilo, Os Outros, quando a menininha “é dominada” pela vidente.
Realmente, Marcos. Outra cena bacana é aquela em que a Laura brinca de bater na madeira e olha par trás e ninguém aparece, ela continua e as crianças vão aparecendo aos poucos. Lindo e arrepiante ao mesmo tempo.
O filme é muito bom, triste, mas muito bom, depois que assisti, jamais esqueci.