Resenha: Os Justiceiros, de Richard Bachman

Os Justiceiros capaTítulo: Os Justiceiros

Título original: The Regulators

Autor: Richard Bachman (Stephen King)

Publicação: 1996

Número de páginas: 240 páginas

Editora: Objetiva

ISBN: 8573027223

Pois é, queridos amigos do blog, eu já li Stephen King em português. Algum tempo atrás uma pessoa me interpelou sobre o fato de eu não acompanhar as publicações brasileiras do autor e o motivo é bem simples: a editora Objetiva simplesmente parou de lançar livros do autor e como eu já tinha um bom inglês para ler, não esperei outra editora ter a boa vontade apresentada pela Suma de Letras Brasil que, aliás, é um selo da Objetiva, e voltar a publicar os livros do autor aqui no Brasil. 

Por isso, acabei lendo muitos livros do autor em inglês, o que não é nenhuma problema para mim, pois o importante era eu voltar a ler as excelentes histórias dele. Quando a Suma voltou a publicar Stephen King, eu já tinha lido mais de 20 livros do autor em inglês. O que não entendo é por que o fato de eu ler o meu autor preferido em inglês pareceu chatear a pessoa. Enfim, o objetivo aqui não é lavar roupa suja com a trollagem alheia e sim deixar para vocês a minha opinião sobre mais um livro do Mestre King, escrito sob o seu pseudônimo Richard Bachman.

Os Justiceiros é o livro póstumo do Richard Bachman e possui um romance espelho, intitulado Desespero. Ambos romances foram publicados na mesma data – se não me engano, no dia, ou próximo ao dia, do aniversário do Stephen King, e suas capas formam uma única imagem.

As capas de Os Justiceiros e Desespero (editora Objetiva)

As capas de Os Justiceiros e Desespero formam uma única imagem (editora Objetiva)

Os Justiceiros se passa em uma rua aparentemente sossegada de Ohio, onde o leitor testemunha o cotidiano dos moradores, seus hábitos e preocupações. A aparente calma, porém, é quebrada quando um estranho furgão aparece na rua, transformando tudo em caos.

O interessante no livro é ser sugado para esse ambiente suburbano que o autor retrata e quando o momento em que tudo se transforma em caos, a narrativa é tão intensa e tensa que parece que você de fato está vendo aquilo acontecer. A história ganha momentos arrepiantes, de caos mental, no bom estilo horror psicológico.

Não falta o elemento sobrenatural ou paranormal, as boas descrições de cenas bem tensas, que mexem com o imaginário do leitor. Cada personagem ganha o destaque merecido para o bom contexto da trama. No entanto, o livro não me cativou tanto quanto outros livros do autor. Achei a história meio vazia em alguns momentos e depois que eu li Desespero, que eu adorei e recomendo, esse sentimento de vazio da história ficou mais forte.

Os justiceiros e de Desespero, da editora Suma de Letras Brasil

Capas de Os justiceiros e Desespero, publicação da editora Suma de Letras Brasil

Não significa que eu não gostei do livro, muito pelo contrário. Apenas não tive o mesmo prazer em lê-lo como tive com outros trabalhos do autor (Bachman ou não). Talvez por ter lido muitos livros do King, eu tenha ficado bastante exigente.

Mesmo assim, eu recomendo Os Justiceiros, especialmente para os fãs do autor. Além disso, o livro contém algumas referências a outros trabalhos do Stephen King, o que sempre é bacana de se ler nos livros e mostra como as obras do autor fazem parte de um único universo.

.:.Abraços e até a próxima.:.

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Sobre Cassy Teodoro

Constant Reader. SJW. Green Ajah.
Esse post foi publicado em Fantasia e Ficção Científica, Resenhas, Romance, Stephen King, Suspense/Terror e marcado , , , , , , , . Guardar link permanente.

2 respostas para Resenha: Os Justiceiros, de Richard Bachman

  1. Maurilei disse:

    Cassy, Desespero e Os Justiceiros estão faz tempo na minha lista de leitura, provavelmente irei gostar. Mais uma ótima resenha.

    bomlivro1811.blogspot.com.br

    • Cassy Teodoro disse:

      Acho que vc vai gostar sim, Maurilei. Os textos do Richard Bachman são em geral bem menos desenvolvidos, mas são ótimos tb. Eu vou ver se consigo fazer as resenhas de A Autoestrada e Thinner (A Maldição do Cigano), para assim, eu poder ler o restante dos livros do Bachman.

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