Resenha: Os Testamentos, de Margaret Atwood

Título: The Testaments

Autora: Margaret Atwood

Publicação: 2019

Número de páginas: 395 páginas

Editora: Doubleday Publishing Group

ISBN: 9780385543798

Romance distópico, lançado no ano de 2019, The Testaments é a continuação de The Handmaid’s Tale. A história se passa quinze ano após os acontecimentos do primeiro livro e possui três arcos narrativos contados de forma alternada e em primeira pessoa.

Uma das narradoras é a Aunt Lydia, já conhecida do público e que tem um papel muito importante nesse segundo livro. É através dela que conhecemos um pouco mais do que acontece nos bastidores de Ardua Hall e mais sobre as Aunts, além do fato de seu arco narrativo revelar a verdadeira e cruel face de um personagem.

A outra narradora é a Agnes, uma moça que cresceu em Gilead, mas como filha de um Commander e uma Wife e não como uma Aia. Através dela e de suas amigas conhecemos um pouco mais de Gilead pelo ponto de vista da elite e mostra um destino não muito agradável para as mulheres de qualquer forma.

A última narradora é Daisy, essa com uma história bem diferente, por ter sido criada no Canadá, mas que infelizmente passa por uma tragédia. Através de sua história conhecemos um pouco melhor a vida fora de Gilead e sobre uma organização conhecida como Mayday.

Como dito acima as narrativas são alternadas, mas por conta de alguns acontecimentos as história acabam se interligando. E se não é um recurso narrativo novo, essa ligação de eventos nos três arcos aliada com a ótima escrita da autora ajuda a construir m texto cuja leitura flui de uma forma mais agradável do que a obra anterior. De fato, achei a leitura muito mais agradável, apesar dos acontecimentos, do que O conto da Aia, para ser bastante sincera.

O desfecho não poderia ser diferente, tendo vista o que acontece no fim de O conto da Aia. Novamente temos aquele ciclo de palestras, mostrando as provas da forma de vida em Gilead e mesmo que seja mostrado certo desconforto com a situação das mulheres, parece que a palestra passa um sentimento de distância e certa falta de solidariedade com o que acontece, por buscar algo mais acadêmico e menos sentimental. Pelo menos foi a minha sensação.

Por fim, indico a leitura desse livro e reforça a minha indicação de O conto da Aia. É o meu segundo livro da autora e gostei muito de conhecer a escrita dela através dessas duas obras e pretendo ler mais (deixem indicações, por favor!).

.:.Até mais, gente!.:.

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Sobre Cassy Teodoro

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